Arqueólogos do Inah
(Instituto Nacional de Antropologia e História), do México, recuperaram de uma
coleção particular um cachorro mumificado com cerca de mil anos. Segundo o
instituto, este é o primeiro caso registrado no país e um dos poucos exemplares
do mundo – cães mumificados são conhecidos apenas no Peru e no Egito.
O animal descoberto na
caverna da Candelária, em Coahuila, no norte do país, media 42 centímetros de
comprimento e 22 centímetros de altura e, pela sua posição, indicava que era
domesticado – ele está deitado sobre o seu lado direito, com cabeças e pescoço
inclinados e pernas traseiras e cauda recolhidas.
"Na região norte do país, são poucos os esqueletos pré-hispânicos encontrados em contextos
funerários", afirma Alejandro Bautista Valdespino, arqueológogo do Inah.
"A descoberta reforça a ideia de que cães eram usados nas tradições
funerárias da época e, também, a possibilidade de domesticação do animal."
O cachorro ainda passará por alguns exames – inclusive de restauração e
conservação do esqueleto –, mas os especialistas dizem que ele vivia com o povo
lagunero, um grupo de caçadores-coletores que atuava em uma região
semidesértica do país, conhecida hoje como Laguna. A intenção é explicar os
costumes fúnebres desenvolvidos pelos homens entre o ano de 800 e o começo do
século 17, data que marca a chegada dos espanhóis no México.
O instituto disse ter recuperado, ainda, máscaras mortuárias,
ferramentas pré-históricas usadas no dia a dia da tribo, como facas, flechas,
arcos, bolsas e cestas, além de ornamentos para festas, como cocar, brincos,
colares e sandálias. A caverna da Candelária, segundo o estudo, era usada para
guardar os mortos do povo, por isso, nas primeiras escavações feitas em 1953,
foram encontrados em seu interior mais de 4.000 objetos e cerca de 200 ossadas
humanas.
(Fonte: UOL NOTÍCIAS)
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