quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Arqueólogo do México examina cachorro mumificado com cerca de mil anos



Arqueólogos do Inah (Instituto Nacional de Antropologia e História), do México, recuperaram de uma coleção particular um cachorro mumificado com cerca de mil anos. Segundo o instituto, este é o primeiro caso registrado no país e um dos poucos exemplares do mundo – cães mumificados são conhecidos apenas no Peru e no Egito.
O animal descoberto na caverna da Candelária, em Coahuila, no norte do país, media 42 centímetros de comprimento e 22 centímetros de altura e, pela sua posição, indicava que era domesticado – ele está deitado sobre o seu lado direito, com cabeças e pescoço inclinados e pernas traseiras e cauda recolhidas.

"Na região norte do país, são poucos os esqueletos pré-hispânicos encontrados em contextos funerários", afirma Alejandro Bautista Valdespino, arqueológogo do Inah. "A descoberta reforça a ideia de que cães eram usados nas tradições funerárias da época e, também, a possibilidade de domesticação do animal."
O cachorro ainda passará por alguns exames – inclusive de restauração e conservação do esqueleto –, mas os especialistas dizem que ele vivia com o povo lagunero, um grupo de caçadores-coletores que atuava em uma região semidesértica do país, conhecida hoje como Laguna. A intenção é explicar os costumes fúnebres desenvolvidos pelos homens entre o ano de 800 e o começo do século 17, data que marca a chegada dos espanhóis no México.

O instituto disse ter recuperado, ainda, máscaras mortuárias, ferramentas pré-históricas usadas no dia a dia da tribo, como facas, flechas, arcos, bolsas e cestas, além de ornamentos para festas, como cocar, brincos, colares e sandálias. A caverna da Candelária, segundo o estudo, era usada para guardar os mortos do povo, por isso, nas primeiras escavações feitas em 1953, foram encontrados em seu interior mais de 4.000 objetos e cerca de 200 ossadas humanas.
(Fonte: UOL NOTÍCIAS)

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